Ela é assim; dotada de voz privilegiada,  sempre se revela cantora lírica generosa e inata. Entoa números de seu repertório e de sua preferência sem parcimônia; em sua sala de estar, no consultório médico, no "hall" de atendimento do Banco  - seja do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica -  enfim, não se faz de rogada; em todo ambiente se sentirá no palco e, diante de si, todo auditório será sua plateia. Seus registros com raríssimos agudos reterão os expectadores à memória.

Cintura, seios, quadris? Suas medidas eu não saberia precisar; e, que me importa? Isso sei: ela tem 33 de lutas mais 33 de resiliência com adicionais 33 de vitórias; no total, contabilizam-se 99 (noventa e nove) anos na passarela da vida e na titularidade de rico portfólio de muito amor.

A aludida "Lady" é Claudemira. Não a causarão efeitos ausência ou presença de holofotes. Mas, não se frustarão olhares que poderão colher ângulos bucólicos e o discreto sorriso à face dessa mulher que me deu a luz, que me abençoa e que me chama "filho meu".

Este segundo domingo de maio coincide com o dia 12, data de aniversário de meu irmão Josué e de minha irmã Angela (não são gêmeos!!!) aos quais parabenizo e devoto agradecimentos pelo que ao longo de meu existir em alguma medida terão contribuído para o que tenho, para o que sinto e para o que sou. Ainda, e como não poderia deixar de ser, dou graças a Deus e, igualmente, não cesso de render a mais pura, a não menor e mais sincera gratidão a quem através da qual vim ao mundo.

A ela, essa longeva dama, consagro mui singelas homenagens com votos de Feliz Dia das Mães!