Mais uma vez, inicia-se o horário de verão. Apressamo-nos a adiantar o ponteiro do relógio. Disso não nos esquecemos, para que, mais tarde, não percamos a hora; a começar por aquela em que nos poremos à mesa para nos fartar com a primeira refeição de um domingo que auguramos nos seja feliz.

Mas, estivesse vivo, o que diria hoje o Padre Joseph Wresinski na Praça dos Direitos Humanos e da Liberdade, em Paris, a respeito de seus ideais em vista da imensa pobreza e da extrema precariedade financeira, econômica e social a que tantas vidas se submetem, ainda, nos dias atuais?

Estaria o idealizador da data internacional que se celebrou no 17 de outubro último satisfeito com nosso engajamento em atenção a seu apelo, voltado a reverter a pobreza, eliminar a segregação social e propiciar direitos básicos a que seres humanos indiscriminadamente fazem jus?

Há vinte e seis anos Padre Wresinski convidou-nos todos à mobilização, no sentido de banir a fome e a violência que se abatem sobre incontáveis semelhantes nossos mundo a fora; proporcionar-lhes paz e dignidade tinha por fim suas palavras, lançadas a cada um de nós, sem exclusão.

Transcorrido mais um Dia Mundial da Erradicação da Miséria, igualmente, é hora de sincronizarmos os corações com a humanidade.