Hoje ainda,
liberdade,
és tu mito ou realidade?
Paira a dúvida se o brado do ipiranga já se teria feito ouvir
nos vales da República.
Ela, que nestes tempos flutua em rios vermelhos,
ressente-se da falta de tuas asas
com envergadura abrangente sobre nós.
Carentes do direito de ir e vir e do alívio de tua segurança,
perdemo-nos ela e nós na escassez de fertiização
e de enobrecimento das mentes
com os atributos de inovadora sapiência.
Tua luz, onde está, que transforma
e erradica da estagnação nas trevas,
que suscita nos corações esperanças;
que nos faz augurar aculturação do bem emanado das alturas
e consolidação da confiança no feliz viver?
Ouve, pois, ó liberdade, nesta data,
não novo grito, mas um rogo de independência!