Minha Ilha Paradisíaca

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Textos

LOIRA PAULISTA E AS ROSAS POESIAS
Bons textos encontram-se no Recanto das Letras (RL); são preciosidades, cujo reconhecimento tanto quanto a divulgação tomo por dever.

Mas, se não o faço relativamente a tudo que ali acesso  - tão somente por limitação de tempo -  não perdoaria acomodar-me em total omissão.  

Assim, prazerosamente, compartilho algumas de minhas interações com distinguida escritora do RL, identificada pelo pseudônimo "Loira Paulista", que tem trabalhos publicados em http://www.recantodasletras.com.br/autores/loirapaulista, cuja leitura recomendo, vivamente:

Em VOCÊ ..., de Loira Paulista:

"O OUTRO

Nesses traços,
beijo e abraço
firmam laços.
E eu, o que faço?
                              
                   Israel dos Santos"

e

"Canta um canto apaixonado
a voz plena desse amor.
Quem seria o agraciado,
objeto do clamor?

                              Israel dos Santos"

Em P & B, de Loira Paulista:

"Na ilustração,
jogo de luz no espaço em preto e branco
acentua em perspectiva a profundidade.

Já, a imaginação,
projetada na silhueta de esguio meio flanco,
reflete imagens de solidão e de saudade.

                                       Israel dos Santos"                                

Em L'AMOUR, de Loira Paulista:

"L´AMOUR
Toujours lui!
Ce vilain
d´aujourd´hui
et de démain.

                              Israël dos Santos"

Em CICATRIZES, de Loira Paulista:

"Malgrado os sofrimentos,
há de haver uma quimera
que atenua sentimentos
e triste alma regenera.

                              Israel dos Santos"

Em ME AME OU ME DEIXE, de Loira Paulista:

"Acalma-te! Sou tua presa.
Não mereço feroz tesa.
Eu me rendo sem defesa.
Leão sou; tu, a tigresa.

                              Israel dos Santos"

Em MEUS DIAS, de Loira Paulista:

"Se presente queria inerte,
no vazio eis-me aqui submerso;
o agora a mim subverte.
Do passado, um poema sem verso,
juro que nem poesia diverte
co' o futuro em marcha ao inverso.

                              Israel dos Santos"

Em PALAVRAS, de Loira Paulista:

"Tenho sede das palavras;
digo, as tuas  - sem as minhas -
que emanam de ricas lavras.

Ao ouvir-te, eu me sacio
com os segredos que advinhas
e sussurras em tom macio.

Se me privas de tua voz
e me negas verbos, que tinhas,
eu me afogo em lago atroz.

                              Israel dos Santos"                      

Em DESILUSÃO, de Loira Paulista:

"Renque ocultam holofotes.
Aos olhos, os fios de cabelo
privam que tu mesma notes
ali, no palco, luz e desvelo.
                         Israel dos Santos
            
e

     No enredo da vida
     permeam alegria
     e amarga ferida:
     sorriso e sangria.

                         Israel dos Santos"

Em SOLIDÃO, de Loira Paulista:

"Companhia ausente,
ela sozinha amarga
a saudade presente
que o amar embarga.

                         Israel dos Santos"

Em LIBERDADE, de Loira Paulista:

"Sem seu amor me confundo;
é o caos, desgosto profundo!
Na queda livre em meu mundo,
triste me prendo e me afundo.

                              Israel dos Santos"

Em AM(ARTE) de Loira Paulista:

"NO NASCEDOURO DA ESTRADA

Tocha à mão,
ilumino caminho.
Parto feliz.

                              Israel dos Santos"                          

Em MORTALHA, de Loira Paulista:

"Vai, desamada, cometer
o livre salto da vida.
Vazio acelera, sem deter,
a gravidade e a descida.

                              Israel dos Santos"

Em TEU BEIJO, de Loira Paulista:

"No ato que sela incontido desejo,
quando toda te entregas louca de amor,
luze o azul nesses olhos que vejo.

                              Israel dos Santos"

Em VOU, MAS VOLTO, de Loira Paulista:

"Vai, sem um beijo ou um aceno, sequer ...
Pasmo me frago: "Nem um adeus cinzento!"
Sem crer que me deixa como algo qualquer,
no canto dos olhos gotas marejam.
Sorte e amor sacados ao vento,
o que ela desdenha e saber mal quer,
profundo em minh' alma ainda latejam.

                                            Israel dos Santos"

Em DESCONEXA, de Loira Paulista:

"Ela voltou! Cabelos sombream-lhe a face; algo        ainda deseja.
Busca encontrar o equilíbrio que a vida balança.
Agita a água tíbia que dos olhos aos cântaros goteja
e na qual a imagem do rosto refrata com tênue esperança.

                                             Israel dos Santos"
Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 30/10/2011
Alterado em 03/08/2017
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