A CHUVA CAI
Cai a chuva.
Sinto o frescor do ar e o aroma da terra molhada. Não pretendo evitá-la; antes, exponho-me sem desviar dos pingos, que, abundantes desde um manancial azul, fertilizam o solo, inundam os rios e dão cor ao verde e à rosa. São gotas, que, antes de rolar sobre as trilhas e os vales, tombam reluzentes, refletindo raios de bençãos. Efluindo energia, é a própria vida dissimulada por camuflagem líquida. E absorvo, assim, porções e unções da natureza divina, enquanto a chuva cai.
Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 01/12/2010
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