MARES DO CARIBE
Azul belo das pedras raras é a cor do mar.
Também, verde com seus matizes é quando o fundo não se assenta tão profundo. Lençol de cristal quase invisível sob a incidência dos raios luminosos, perpendiculares. Há pureza nas profundezas coloridas, na ocorrência de corais; alvas, no entanto, se o sedimento calcário desprendido das colônias de pólipos se deposita e se faz inerte. Logo, a evolução das raias, antes em repouso, agora tudo agita. E turva. E se movem algas, cardumes, lacustres, hidras, planctos... É a dança submersa que se reprisa no curso dos milênios; balé marinho que se encenará, até o volver das águas à quietude, para pronto tudo recomeçar. Mas, de tanto que se vislumbre, não se catalogará sem-fins de beleza a sustar, a afagar e a afogar o fôlego! Maravilhado e sem fatiga, de todo esse encanto despojo, com meu olhar pirata inçado de invídia sob o céu igualmente azul, nas Índias Ocidentais!
Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 28/12/2009
Alterado em 13/01/2013 |