DESFORTUNADA
Errante ela vaga,
Banida sultana; Roubou-lhe a gana A bruxa, a saga. A hora que passa, Os dias se esgotam, As cores desbotam, A graça se embaça. O rosto abatido, No peito, a devassa; Sem força, sem raça E o orgulho ferido. Rubis, prata farta À mesa com tâmaras E calor das câmaras, A sorte descarta. De viver incerto, Sem tiara ou festa, Nem água lhe resta; Só areia ... deserto.
Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 20/10/2009
Alterado em 13/01/2013 |