APENAS UM SONHO
Ao flutuar da garça que a água devolve,
Fito o mar, no qual os olhos detenho. E no sopro da brisa e frescor que me envolve, Movo-me na areia e do mais me abstenho. Vivo uns instantes de silêncio sublime; Só voz das ondas ousam rebelar. E desprendido de enfados, nada me oprime. Cai a noite ... ao luar, elegi meu lar. Sedado pelo sonho de momento eterno, Quisera alicerce na praia fincar. Mera ilusão! E desperto; mesmo se hiberno, Não logro co'a vida de ócio brincar.
Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 18/10/2009
Alterado em 13/01/2013 |